A Interiorização da COVID-19 no Brasil

No post de hoje, vamos discutir a questão da interiorização da COVID-19 no Brasil. Como já abordamos em um post anterior, a epidemia de COVID-19 começou atingindo as capitais brasileiras, que logo tornaram-se os focos de surtos no país. Ao longo do meses, a doença foi se disseminando também para o interior, agravando-se nas últimas semanas: no final de maio, a soma dos casos registrados em cidades do interior ultrapassou a soma de casos das capitais.


Apesar de só ter ultrapassado as capitais no número acumulado no final de maio, o interior vem registrando um número mais elevado de novos casos desde o começo desse mesmo mês. No panorama de óbitos, a situação é similar, apesar de apresentar um atraso em relação aos dados de casos, o interior alcançou as capitais em novos óbitos ainda em maio e deve fazer o mesmo no número acumulado nas próximas semanas.

Assim, o panorama observado indica claramente que a epidemia já está bastante difundida e em expansão pelo interior do país. Enquanto as capitais chegaram a apresentar um declínio no número de novos óbitos nas últimas semanas, as métricas das cidades do interior seguem crescendo bastante. Levando em consideração que menos de 10% dos municípios do país possuem leitos de UTI e que a maioria destes estão localizados nas grandes cidades, a interiorização da epidemia se torna um fator preocupante, pois o seu combate deve ser feito levando essas particularidades da região em consideração.


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