Analisando o Perfil dos Infectados por COVID-19 em São Paulo
No post de hoje, vamos explorar qual o perfil dos casos e dos óbitos de COVID-19 no estado de São Paulo. Até o momento, São Paulo é o estado mais atingido pela pandemia no país de forma isolada: de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, já são quase 168 mil casos e um pouco mais de 10 mil óbitos, correspondendo a 20% dos casos e 25% dos óbitos de todo Brasil. Por conta disso, hoje vamos explorar em detalhes a faixa etária e o sexo dos pacientes de COVID-19 no estado, buscando descrever e traçar um perfil da mortalidade na região
Em primeiro lugar, trazemos a distribuição por sexo. Apesar das mulheres serem maioria nos casos registrados (53%), elas são minoria nos óbitos (42%), indicando que a doença tem sido mais fatal entre os homens. Analisando a taxa de mortalidade, percebemos novamente esse fato: enquanto cerca de 5% das mulheres vieram a óbito, esse percentual chega a 8% entre os homens.
Em termos de faixa etária, as distribuições de casos e de óbitos são bastante diferentes: enquanto os casos se concentram em uma faixa mais jovem, com 77% dos casos tendo entre 20 e 60 anos, o perfil dos óbitos já é muito mais velho, com 74% dos óbitos sendo de pacientes com mais de 60 anos. Novamente, a taxa de mortalidade confirma esse cenário: ela não chega a 1% para a parcela da população com até 40 anos, mas ultrapassa os 25% dos casos dentre os maiores de 70 anos.
Por fim, em relação às comorbidades, observa-se uma predominância das cardiopatias, que foi identificada em mais da metade dos óbitos por COVID-19. A diabetes mellitus é outra que possui uma presença bastante elevada, aparecendo em 43% dos falecimentos.
Assim, os dados reportados em São Paulo corroboram uma realidade que já vinha sendo descrita em outros países: uma tendência dos casos de maior gravidade ocorrerem em pessoas idosas, com outras doenças (em particular doenças cardíacas ou diabetes) e também com uma predominância em homens. Por conta disso, tais categorias populacionais vêm sendo tratadas como potenciais grupos de risco da doença, devendo ter cuidados redobrados com a COVID-19.
Fonte: Governo do Estado de São Paulo