A distribuição geográfica da COVID-19 no Mundo

No post de hoje, vamos explorar a distribuição geográfica de casos e de óbitos de COVID-19 no mundo. Ao longo dos 6 meses em que a doença esteve em disseminação, o país de epicentro da doença foi sendo alterado. A China, por exemplo, foi o primeiro local afetado, mas atualmente apresenta uma fração pequena dos casos mundiais. Em contrapartida, EUA e Brasil demoraram mais para ter surtos locais, mas são atualmente os países com um maior número de casos e de óbitos no mundo.

Nesse sentido, hoje vamos observar como a distribuição de casos e óbitos foi evoluindo entre os diferentes continentes do mundo ao longo do tempo. Em particular vamos destacar 3 países - China, EUA e Brasil - e observar como eles se comportam de forma individual. A distribuição (bruta e percentual) de casos e de óbitos podem ser observadas nas figuras abaixo.

Por meio das imagens é possível observar a importância da China nos números mundiais nos primeiros meses da pandemia. A partir de abril, entretanto, a Europa se torna o próximo local de foco, até ser ultrapassada pelos EUA, que assumem a maior parcela de casos (a Europa possui um alto percentual dos óbitos até a atualidade). Nas últimas semanas, por sua vez, é possível notar um crescimento dos números da Ásia (excluindo China), da África e das Américas - inclusive no Brasil, que alcançou recentemente 15% dos casos e 13% dos óbitos mundiais.

Por meio dos gráficos acima, observamos uma tendência constante de crescimento dos dados diários a nível mundial, enquanto os óbitos chegaram a apresentar uma redução, mas voltaram a crescer nas últimas semanas. Em relação aos países e aos continentes, novamente observamos uma prevalência da China nas primeiras semanas, seguida por uma dominância da Europa até o continente ser ultrapassado pelos EUA. Contudo, o panorama das últimas semanas ressalta um grande crescimento dos números diários na Ásia (34% dos casos e 25% dos óbitos) e na América de forma geral - somando todos os países da América, temos que o continente é responsável por 40% dos novos casos e 45% dos novos óbitos.

As análises apresentadas nos permitem visualizar claramente quais continentes e países estão em foco a cada etapa da pandemia. De forma geral, o cenário observado indica que a linha histórica da pandemia iniciou-se na China, disseminando-se em seguida pela Europa e posteriormente atingindo com força as Américas, em particular nos Estados Unidos, seguido depois pelo Brasil. Nas últimas semanas, entretanto, outras regiões demonstram estar em forte crescimento, com destaque em particular para a Ásia (excluindo China) e para os demais países da América. Isso indica que a doença ainda está com uma alta circulação pelo mundo, atingindo mais regiões e ainda dando início a novos surtos. Dessa forma, é fundamental que esses novos epicentros observem e aprendam com os locais que já passaram pela epidemia, para que possam escolher a estratégia de resposta mais efetiva e menos prejudicial para o seu país.

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