O impacto econômico da COVID-19 no Mundo
No post de hoje, vamos dar seguimento ao assunto abordado ontem a respeito dos impactos econômicos da pandemia de COVID-19. Enquanto no post anterior trouxemos uma análise a respeito da situação financeira do Brasil, hoje vamos observar dados relativos a crise de uma perspectiva global. Com a doença já tendo atingido 188 países no mundo inteiro e tendo completado 6 meses de duração, é notável que todas as regiões e setores do mundo tiveram suas tarefas afetadas, de tal forma que a atividade econômica mundial encontra-se prejudicada.
Em um panorama geral, é esperado que a imensa maioria dos países enfrente uma recessão ao longo do ano de 2020, com o maior número de países atingidos desde 1870. As projeções atuais do Banco Mundial indicam que 92,9% dos países passarão por uma recessão nesse ano - em comparação, esse número alcançou 83,8% em 1931, no período da grande depressão, e 61,2% em 2009, após a crise financeira de 2008.
Quanto às projeções de crescimento global, a pandemia de COVID-19 trouxe a queda mais rápida dos números previsto das últimas 3 décadas. E caso as medidas de restrição e de interrupção da atividade econômica se prolonguem por ainda mais tempo ao longo desse ano, o cenário pode ser ainda pior, e o crescimento mundial pode chegar a encolher até 8%.
Quando observamos a situação a níveis nacionais e analisando o impacto do ponto de vista da população de cada país, a situação se mostra ainda mais grave. Nos EUA, a taxa de desemprego triplicou com a crise, passando de 4,4% em março para 14,7% em abril e encontrando-se em 11,1% no mês de junho. Os reflexos desse panorama já podem ser observado: no mês passado, 16% das famílias estadunidenses reportaram que suas crianças não estavam comendo o suficiente devido a falta de recursos, a maior taxa para a qual temos registro. Dentre elas, 78% reportaram ter sofrido perdas nas rendas familiares desde o começo da pandemia, e 83% não sabiam se teriam dinheiro suficiente para garantir a comida do próximo mês.
Assim, os dados mostram o panorama econômico difícil e instável pelo qual o mundo inteiro está passando. A crise de COVID-19 representa um desafio novo e único na história recente da humanidade, e seus impactos ainda não podem ser compreendidos em sua totalidade. Diante de um cenário tão crítico e pessimista como o que estamos enfrentando, é crucial que sejam feitas propostas econômicas e sanitárias capazes de minimizar os já elevados efeitos da crise e garantir que povos do mundo inteiro tenham condições de enfrentar e superar a sua pandemia local.