Diferenças entre as Medidas de Prevenção e Contenção do Coronavírus

No post de hoje, vamos abordar algumas das diferentes estratégias que estão sendo utilizadas para restringir o avanço do #coronavirus. Como já abordamos outras vezes aqui no blog, as medidas de prevenção e contenção da pandemia estão sendo essenciais para que países de todo mundo superem a atual crise sanitária. Entretanto, os métodos de combate à pandemia não estão sendo executados de forma unificada: cada região está adotando as medidas da forma e no momento que lhe parece mais conveniente. Assim, estamos vendo um grande número de abordagens diferentes, e algumas vêm se mostrando mais efetivas que outras.

Para compreender melhor esse cenário, vamos entender os tipos de medidas que existem. Em primeiro lugar, as medidas podem ser individuais ou coletivas. A nível individual, temos o Isolamento e a Quarentena, duas abordagens distintas que podem ser adotadas na hora de orientar casos confirmados ou suspeitos da doença. A nível coletivo, temos o Distanciamento Social e o Lockdown, que se diferem em termos de severidade: enquanto o primeiro baseia-se em recomendar que as pessoas fiquem em casa e buscar fechar o maior número de estabelecimentos possíveis, o segundo é obrigatório. No Lockdown, também chamado de Bloqueio Total, apenas os serviços estritamente essenciais podem permanecer aberto, e o governo pode fazer uso de multas e de força policial para garantir que as pessoas fiquem em casa. É importante observar que o termo *quarentena* está sendo bastante utilizado no Brasil para descrever as medidas de distanciamento social.

Um resumo dessas medidas pode ser visto na figura abaixo:

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Dentre as medidas coletivas, a discussão entre o Distanciamento Social e o Lockdown ocorre principalmente pela questão econômica e pela percepção da gravidade da pandemia. O Distanciamento Social favorece, ainda que de forma tímida, a manutenção da economia local, mas em troca expõe a população e o sistema de saúde local a um risco maior. E, apesar do nível elevado de emergência que a medida de Lockdown traz, o Bloqueio Total tem se mostrado uma estratégia bastante efetiva, tanto para reduzir o número de casos quanto para diminuir a duração total da pandemia. Na figura abaixo, trouxemos uma comparação entre alguns países que adotaram essa estratégia e outros que não a adotaram:

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Áustria, Noruega e Nova Zelândia são exemplos de países que adotaram a estratégia de lockdown bem no início de suas epidemias locais e que já demonstraram sucesso em conter a disseminação: esses países já passaram do pico da curva e já estão até planejando uma retomada gradual do cotidiano. Itália, Espanha e Reino Unido, por sua vez, também adotaram a estratégia mas demoraram bem mais para fazê-lo, de forma que tiveram um número bem mais elevado de casos e estão tendo uma retomada mais lenta. Por fim, no último grupo temos países que reagiram de formas diferentes: enquanto EUA e Brasil tomaram medidas a nível estadual, sem bloqueios em todo país, a Suécia está adotando apenas estratégias de Distanciamento Social, e a um nível considerado bem mais moderado que na maioria dos países. Nos três casos, vemos que a situação está bem mais instável que nos outros países, e apenas os EUA está indicando uma estabilização no crescimento de casos.

Dessa forma, a estratégia de Lockdown está se mostrando uma forma bastante efetiva e rápida de combate ao COVID-19. No Brasil, entretanto, ela está apenas começando a ser utilizada: a região de Grande São Luís, no Maranhão, tornou-se a primeira a adotar a medida na data de hoje. Na sequência, Fortaleza, no Ceará, também indicou que vai seguir essa estratégia a partir do próximo dia 8, e o Ministério Público do Rio de Janeiro solicitou que a medida seja avaliada pelo governo do estado. Dessa forma, poderemos ver em breve os resultados dessa abordagem na contenção dos casos no país.


Referências:

BBC, UOL, Gaucha ZH, G1 e TelessaúdeRS (UFRGS)





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