Uma análise da satisfação da população com relação às medidas tomadas contra a COVID-19
No post de hoje, vamos trazer dados a respeito do grau de satisfação das populações de diferentes países em relação às medidas adotadas para a conter a pandemia de #coronavirus. No mundo todo, diferentes tipos de medidas foram adotados para diminuir o impacto da doença no local, indo desde medidas mais restritivas, como os lockdowns, até medidas mais suaves, como as estratégias de imunidade de rebanho, baseada mais em recomendações do que em imposições, quanto a restrição da circulação de pessoas. Enquanto em alguns lugares as estratégias governamentais de combate a COVID-19 foram consideradas adequadas pela população, em outros a percepção não foi tão favorável, sendo que as medidas tendo sido consideradas ou exageradas ou insuficientes.
Nesse contexto, trouxemos duas visualizações que ajudam a entender a opinião da população de cada país do mundo em relação às medidas de contenção da pandemia. Na primeira delas, temos o grau médio de satisfação de cada local. Os destaques positivos ficam para países asiáticos (5 países dentre os 10 melhores) e europeus (4 países dentre os 10 melhores). Os negativos, em contrapartida, ficam na América do Sul: Brasil e Chile ocupam as últimas colocações, com 34% e 39%, respectivamente. Os dois, juntamente da França (46%), são os únicos países do mundo onde a satisfação fica abaixo dos 50%.
Outro dado que mede a satisfação da população é a percepção do povo em relação às medidas adotadas em cada local. Em termos de saúde pública, o cenário mais preocupante é aquele onde a população acredita que as medidas adotadas foram insuficientes para conter a pandemia do país. Novamente, Brasil e Chile se destacam negativamente nessa medida, com 69% e 56% da população de cada país tendo essa opinião, respectivamente. O Vietnã, país que apresentou 95% de grau de satisfação, se destaca novamente aqui, com apenas 2% da população acreditando que a estratégia adotada não foi suficiente para conter a pandemia.
A partir dos dados acima, é possível analisar quais foram os países onde a resposta à pandemia foi considerada melhor e mais efetiva (mediante disponibilidade da informação). Em contrapartida, Brasil e Chile, dois dos países que atualmente vêm apresentando os maiores números diários de óbitos per capita, aparecem como destaques negativos em ambas as análises, apresentando baixo grau de satisfação da população com as medidas e também um alto percentual da população que acredita que elas foram insuficientes. Dessa forma, em particular para estes dois países, a desaprovação da população perante às medidas tomadas pelos respectivos governos aparenta estar ligada aos resultados negativos obtidos na contenção da pandemia, sendo um reflexo do agravamento da crise epidemiológica nesses países.